O movimento Ocupa Minc Belém está em cortejo, neste momento, até o espaço cultural abandonado, no bairro do Guamá, "Mestre 70". A atividade foi definida em plenária, nesta segunda, 23, para aproximar o movimento nacional de ocupação dos prédios do Minc, com os movimentos sociais e culturais da periferia de Belém.
A intenção é promover o diálogo para fortalecer a luta contra o golpe, que levou Michel Temer à presidência da República. O cortejo saiu às 10h30, da frente do Prédio do IPHAN, onde fica localizado o Ministério da Cultural de Belém (Av. Governador José Malcher, 563) e segue pela Av. Governador José Malcher, Av. Nazaré, São Brás, Av. José Bonifacio, Feira do Guamá, até chegar ao espaço cultural Mestre 70, onde a programação inicia com uma roda de carimbó, se estendendo ao longo do dia, com artistas de rua e da cultura popular.
Além disso haverá gaymada, exibição de filmes, prática de skate e teatro, ao final do dia será realizada uma roda de conversa com o tema “A Periferia Resiste”. A programação é aberta para toda a comunidade, homenageando os Mestres de cultura do bairro do Guamá. Programação aberta para o público em geral.
Mesmo com o recuo de Temer e recriação do Ministério, o qual tinha sido extinto por ele em menos de 12h, após sua posse como presidente interino, o movimento avalia que não há motivos para parar os protestos e ocupações.
"O momento é de expandir e aumentar a luta contra os atos racistas, facistas, elitistas, machistas, homofóbicos, capacista, heteronormativo, lgbtfóbico, misógino, sexista binário, baseados numa política de fundamentalismo religioso cristão, manipulação da mídia e precarização dos serviços públicos e direito a cidade", afirmam os manifestantes do #ocupamincbelem.
Paralelamente, a ocupação do prédio do Minc continua e segue por tempo indeterminado, seguindo as diretrizes do movimento espalhado em todo o país. As últimas noticias denunciadas ontem pela Folha de São Paulo acirraram aind amais os ânimos e determinaram a permanência de protestos nas ruas e nas ocupações.
O jornal, como todos já sabem, divulgou trechos de conversas ocorridas em março, entre o agora afastado ministro do planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que planejavam uma "mudança" no governo federal para resultar em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
(Holofote Virtual, com Comunicação Movimento Ocupa Minc Belém)
Nenhum comentário:
Postar um comentário