Após a etapa individual, a curadoria do Prêmio Amazônia de Música – Edição Pará se reuniu em Belém para definir a lista dos artistas indicados à premiação em 31 categorias. A lista com os nomes dos finalistas será divulgada nesta segunda-feira, 22, pelo site premioamazoniademusica, incluindo os três nomes que concorrerão ao Voto Popular para eleger o Artista Revelação.
Os vencedores serão conhecidos na cerimônia de premiação que ocorrerá no dia 6 de junho, a partir das 20h, no Theatro da Paz, para convidados, com transmissão ao vivo pela Tv Cultura do Pará. A noite promete uma grande celebração com os artistas, além de uma homenagem muito especial à cantora Fafá de Belém.
A curadoria conta com profissionais do mercado da música, em diversas das suas vertentes. Marcus Preto, jornalista e produtor musical paulista, com trabalhos assinados junto a nomes de peso na música brasileira, como Gal Costa, Tom Zé e Erasmos Carlos, além de participar de diversos outros processos de seleção e curadoria em festivais e outras premiações nacionais. Ele coordenou o processo de curadoria.
Junto a ele, o time vai se completando com Edimilson Santos da Mota e Edgar Augusto, ambos radialistas e conhecedores da música paraense; Jade Guilhon, musicista, compositora, poeta e professora de música; Jazz Mota, artista, publicitária e produtora cultural na área do audiovisual; Jeft Dias, DJ e produtor cultural, criador e diretor de festival e movimento de cultura periférica e amazônica; e Rosalina Melo, que atua no mercado de shows e eventos nacionais de música.
Com a equipe do Prêmio Amazônia de Música Foto: Thalita Barros |
“Encontramos uma diversidade muito grande, boas surpresas. Um prêmio desse fortalece essa identidade cultural e a beleza dessas artes periféricas que rolam por aqui, assim como em outros estados em que rolam premiações que olham para si. É muito importante que se olhe para isso, de ser olhar e que esse premio exista, que ele dure muito tempo, pois ele vai revelar para o Brasil e para fora do pais, muitos artistas que talvez não fossem olhados com esse mesmo carinho e cuidados que esse prêmio “, diz Marcus Preto, que coordenou a curadoria.
Para Edgar Augusto, que traz na bagagem 50 anos de Feira do Som, um programa de rádio e coluna em jornal que sempre divulgou a música paraense, mesmo assim, ele diz que nem tudo que viu nesta curadoria passou, necessariamente, pelos seus ouvidos.
“A Feira do Som desenvolveu durante cinco anos, uma trabalho de garimpagem querendo saber o que estava sendo proposto para a música do Pará, quem tinha alguma coisa para mostrar. Já houve festivais e outros lances que divulgaram esses trabalhos, mas este agora em que estou participando é especial porque premia todo mundo que trabalha e tem algo feito com esmero e qualidade e que quer reconhecimento. E é isso a que veio o prêmio, o artista quer essa visibilidade e merece isso. Então esse prêmio pra mim é uma festa e eu sempre gostei de participar dessas festas que valorizam a nossa cultura e esta e mais uma e depois de 50 anos me gratifica muito”, diz Edgar Augusto.
A curadoria trouxe diversos olhares, cada um com alguma especialidade, mas com a missão de ouvir tudo cuidadosamente. Jade Guilhon, por exemplo, ter a música erudita concorrendo também é um grande passo para aproximar mais as pessoas não só daqui mas de todo o país, como uma tradição dono estado.
“A gente sabe que tem muita gente talentosa neste estado e é um presente para todos os curadores pode ouvir tanta coisa nova em todas as vertentes. E a presença da música erudita é mais interessante ainda, porque a gente não vê esse tipo de música ser contemplada em premiações, a não ser que seja algo muito específico. E não podemos esquecer que no Pará há uma tradição muito forte na musica erudita , temos um conservatório de mais de 100 anos, temos uma tradição gigantesca e precisamos valorizar isso. Nossos artistas são exportados ganhando visibilidade lá fora, enquanto que aqui muitas vezes não são valorizados”, comenta a musicista.
Outro viés importante foi o olhar de produtores que promovem festivais e shows nacionais em Belém, o caso de Jeft Dias, do festival Psica e Rosalina Melo, da Link Produções.
"Foi legal ver vários artistas da periferia, pretos, participando. A gente trabalha muito com essa turma mais alternativa, e um tempo atrás essa galera não estava envolvida nesse rolê mais profissionais, embora estivessem tocando todo dia, não tinham muito essa coisa da produção. E isso é importante pra você se inscrever num festival. E agora a gente já vê a galera começando a aparecer nestes espaços, como no Prêmio Amazônia de Música", comenta Jeft.
Já para Rosalina Melo, participar da curadoria foi uma grata surpresa ao se deparar com obras de artistas do interior do estado. "Às vezes, a gente fica muito centrado na cidade e não tem como ir atrás desses outros produtos e estou tendo esta oportunidade e achado tudo muito gratificante. Sei que mesmo quem não for premiado, vou poder buscar agora que já conheço. Precisamos de talentos natos, puros. O Pará tem muitos talentos e foi dificil definir as indicações".
Idealizado pelo artista Arthur Espíndola, da Oriente Multiproduções, a iniciativa busca valorizar e destacar a diversidade musical da região amazônica, em especial do Pará. O Prêmio Amazônia de Samba vem sendo gestado desde 2017 e este ano ganhou conceito e forma para sua realização, com patrocínio da Equatorial Pará via lei Semear, Governo do Estado. A realização é da Oriente Multiproduções e Milk Produções.
Serviço
Divulgação dos indicados ao Prêmio Amazônia de Música - Edição Pará, nesta segunda-feira, 22. A Votação Popular para Artista Revelação vai até 2 de junho. Tudo pelo site:
premioamazoniademusica.com.br.
Acompanhem as novidades pelo perfil:
@premioamazoniademusica, no Instagram.
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