25.5.23

A Pele da Cor Expandida se despede neste sábado

Simões, que expõe na Galeria Benedito Nunes
Foto: Bruno Cecim /FCP
Com um total de 87 obras inéditas, é a maior já realizada por Simões em seus 48 anos de trajetória. Os visitantes têm até este sábado, 27 de maio para conferir "A Pele da Cor Expandida", aberta na galeria Benedito Nunes, do Centur. 

A exposição foi contemplada pelo Prêmio Branco de Melo, concedido pela Fundação Cultural do Pará, o que confirma o impacto e a relevância do trabalho de Simões. Com uma proposta inovadora, o artista deixou de lado o figurativo e embarcou em uma jornada em busca de formas, cores, geometria, arquitetura e música instrumental. Cada obra abstrata apresentada nesta mostra conta uma história singular.

Simões é um talentoso artista plástico premiado e reconhecido em Belém do Pará. Sua paixão pelas artes o impulsiona a viver o presente e a se renovar constantemente, oferecendo ao público uma experiência visual rica em significado e sensibilidade. Sua trajetória artística é marcada por uma busca constante por novas formas de expressão, explorando neste novo trabalho as relações entre cores, geometria, arquitetura e música instrumental.

O artista diz que a experiência na galeria Benedito Nunes foi renovadora. Durante este mês, foram vários encontros realizados, inclusive aos sábados, com visitações que levaram alunos de artes visuais, apreciadores de arte e curiosos à galeria. O detalhe é que a Benedito Nunes normalmente só abre de segunda a sexta, mas os pedidos do artista foram ouvidos.

“Achamos que seria um grande desperdício que a galeria ficasse fechada nos sábados, que é um dia em que as pessoas podem ter uma oportunidade de visitá-la com mais calma. Fizemos a solicitação à fundação e fomos atendidos. Espero que se torne rotina, a galeria é muito interessante. Aos sábados, aproveitamos para fazer visitas guiadas, bater papo com o público e lançar o catálogo da exposição. Neste último sábado estarei presente para receber o público mais uma vez”, diz Simões. 

A exposição "A Pele da Cor Expandida" é uma oportunidade para mergulhar em um mundo abstrato, onde as formas e cores ganham vida e transcendem as limitações do figurativo. Cada obra exibida traz consigo um conjunto de narrativas e emoções, convidando os espectadores a interpretar e apreciar a arte de maneira pessoal.

Experiências na pandemia trazem mudanças ao artista

A Pele da Cor Expandida
Foto: Bruno Cecim
Simões surge como artista ainda nos anos 1970, destacando-se na década seguinte, como um dos expoentes de sua geração. Já participou de inúmeras exposições, individuais e coletivas, ganhando prêmios importantes, até o final dos anos 1990, quando ele desaparece do cenário tendo, como divisor de águas a criação e gestão do Bar Galeria Café Imaginário, lugar sonoro e gastronômico, onde a música instrumental e a pizza de jambú, que ele criou, reinavam absolutas na noite não convencional de Belém. 

Em 2008, depois de nove anos sem pintar, ele retoma a trajetória com a exposição "Redesenho", na casa Fundação Antar Rohit, no bairro da Campina, seguindo depois para a Taberna São Jorge, da fotógrafa Walda Marques, na Cidade Velha. Em 2009, expôs a série “Natureza Imaginária” no Hall do Tribunal Regional do Trabalho, em frente à Praça Brasil e em 2014, nos apresentou  “Fogo Sagrado”, exposta no Museu do Estado. Nessa época ele já tinha resolvido sair do centro urbano e se sediou na Ilha de Mosqueiro, próxima a Belém, onde segue até hoje, produzindo. 

No primeiro semestre de 2021, em plena pandemia, Simões exibiu em seu canal no Instagram, imagens de uma nova série intitulada “Cerimônias Privadas”, que trazia uma outra característica da obra do pintor, as curvas e o erotismo.  Depois, fez as série “Cardume”, “Para observar a Lua ou Perfil do jovem poeta”, “Rede” e À Margem”. Eram todos trabalhos de 50 x 50 cm, em telas. Essas novas experiências deram origem A Pele da Cor Expandida. 

Serviço

A Pele da Cor Expandida, do artista plástico Simões, até sábado, na Galeria Benedito Nunes – Centur.

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