Estatueta em bronze, criada pelo artista Toco Dias. Foto: Dylan Moura |
O Prêmio cultural Ruy Barata reconhece e homenageia personalidades que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento da cultura e da arte na região. A noite vai contar com participações especiais de Fafá de Belém, Elói Iglesias, Alba Mariah, Mahrco Monteiro, Andréa Pinheiro, Olivar Barreto, Juliana Sinimbú e Trio Warilow e, ainda, como homenageados, Dona Onete, Pinduca e Arraial do Pavulagem.
Os demais nomes, Tito Barata, filho do saudoso poeta, mantém segredo, o certo é que ao homenagear personalidades que foram contemporâneas, vieram antes ou depois de Ruy Barata, o prêmio reconhece que a cultura e a arte são um trabalho coletivo e contínuo, que se desenvolve ao longo do tempo e com a participação de muitas pessoas. E você, me conta aí: quem você acha que merece um Ruy?
A poesia e o pensamento de Ruy em aquarelas
Isis Molinari, coordenação de extensão Foto: Holofote Virtual |
“A gente vem trabalhando desde 2020 mais ou menos, junto com os alunos da Faculdade de Artes Visuais, que trabalharam as poesias de Ruy Barata. Fizemos uma imersão sobre os textos dele, realizamos saraus, trouxemos palestrantes para falarem sobre as poesias, como uma amiga de Ruy, a professora Amarílis Tupiassú. Foram meses de uma imersão que depois resultou em aquarelas”, conta Isis que também organizou com os alunos uma exposição desse resultado.
“Essa premiação é uma forma de celebrar as conquistas desses artistas e intelectuais e valorizar seu trabalho e legado”, continua. A ideia do prêmio, segundo ele, foi do jornalista Euclides Farias, um pouco antes dele morrer, em 2018. Seria uma das ações previstas para 2020, quando se dariam as comemorações do centenário do poeta, adiadas por causa da pandemia.
“O Euclides ia completar 60 anos. Era um jornalista de primeira, com grande senso crítico. Um excelente amigo e ótimo papo. Um dia estávamos conversando - ele que tinha sido ex aluno do Ruy na cadeira de Literatura Brasileira -, quando ele deu essa ideia de homenagear as personalidades políticas, artísticas, culturais e de várias outras profissões que merecem reconhecimento, entregando a essas pessoas uma estatueta do Ruy”, conta Tito Barata, filho de Ruy e diretor geral do evento de premiação.
Aquarela "Auto-Retrato", de Luiz da Silva Furtado |
Como jornalista, até 1964 dirigiu o suplemento literário de 'A Província do Pará', além de ter sido titular da cadeira de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Artes (mais tarde incorporada à Universidade Federal do Pará). Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido do cartório e aposentado compulsoriamente do magistério superior.
Saindo da prisão, passou a sobreviver como advogado. Com o advento da anistia, em 1979, voltou à atividade acadêmica, sendo readmitido na Universidade Federal do Pará. Publicou 'Anjo dos Abismos' e 'A Linha Imaginária' e 'Antilogia' (organizado e revisado por Ruy Barata em 1990, mas só publicado no ano de 2000). Com seu filho Paulo André Barata compôs em parceria um vasto número de canções que se tornaram referência em todo o Estado do Pará. Não se pode falar de música paraense sem que seu nome esteja presente.
Prêmio Ruy Barata
Ficha Técnica
Estatuetas: artista plástico Toco Dias
Cerimonial: Guto Delgado e ngela do Espírito Santo
Produção audiovisual: Amazon Filmes
Designer: José Antônio Oliveira
Gravação e locução: Silvio Junior
Assessoria de imprensa: Luciana Medeiros – Holofote Virtual
Fotografia: Dylan Moura
Apresentadores: Renata Ferreira e Ismaelino Pinto
Produção: Andréa Cavallero
Assistente de produção: Amanda Rabelo
Direção musical: Luiz Pardal e Ziza Padilha
Coordenação de projeto: Isis Molinari
Roteiro e direção geral: Tito Barata
Serviço
Prêmio Cultural Ruy Barata. Dia 26 de maio, às 20h, no Teatro do SESI. Ingressos à venda na bilheteria do teatro e na bilheteria digital do SESI. Mais informações: 98297.4392.
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