5.8.19

Adriano Barroso premiado Melhor Ator no Cine-Pe

Fotos: Divulgação/CinePe
O ator paraense soube neste domingo, em Belém, da premiação na 23ª edição do festival "CinePe", realizado entre 29 de julho e 04 de agosto em Recife, Pernambuco. É o 1º prêmio nacional de Adriano Barroso, em sua estreia como protagonista de um longa metragem. 

"Teoria do Ímpeto", de Marcelo Faria e Rafael Moura, selecionado entre 144 filmes brasileiros, estava entre os seis a entrarem na mostra competitiva. Foram quatro prêmios. Melhor direção, Melhor fotografia (André Carvalheira), Melhor ator (Adriano Barroso) e Melhor ator coadjuvante (Pablo Magalhães). O filme traz a história de uma família de classe média baixa que enfrenta dificuldades financeiras e problemas emocionais após a perda da mãe. 

Filmado em Brasília, há dois anos, já foi exibido em outros festivais na Europa: Londres, na Inglaterra e em Nice, na França, onde levou prêmio de “melhor roteiro” no Film Fest International, em maio, e nos Estados Unidos. Agora segue para Madri Espanha. “Esse foi o primeiro festival brasileiro do qual o filme participou”, diz Adriano Barroso, que estava entre amigos, neste domingo, ao receber a notícia.

“Esse filme é muito especial por diversos motivos. O principal é que é cinema puro. Um drama psicológico. Receber esse prêmio significa muita coisa. Sobretudo no momento péssimo que a gente está vivendo com o imbecil querendo golpear o cinema. E particularmente é bem legal esse prêmio vir em um festival tão importante quanto o CinePe. Dá um gás na carreira e serve de um bom brinde ao filme que fizemos com tanto carinho”. 

Cria do teatro, integrante do Grupo Gruta de Teatro, Adriano Barroso vem mergulhando, nos últimos vinte anos, numa carreira cada vez mais intensa no cinema. Além de “Teoria do Ímpeto”, filmou outro longa ano passado, “Dentes”, com Paola Oliveira, atualmente em fase de montagem, e também está no filme “Amanda”, do diretor Célio Cavalcante (AP), com a Mel Lisboa e Zezé Mota, que interpreta a atriz e ativista do movimento negro, a professora Zélia Amador de Deus.

O cinema parece que o fisgou sem volta. “Sim. Me afastei um pouco do palco pra me dedicar ao cinema. Mas o teatro é minha casa, minha alma. Meu signo. Tudo o que faço é por conta do teatro. Até mesmo minha atuação como escritor. Amo atuar pro cinema. Amo atuar no teatro. Pra mim, são complementares”.

O filme é candango, mas a premiação de Adriano Barroso contempla também o cinema paraense, onde ele iniciou sua carreira na telona. É ator de diversos curtas realizados por diretores do Pará, como “Dias” e “Matinta”, de Fernando Segtowick, “Ribeirinhos do Asfalto”, de Jorane Castro, e também diretor dos filmes “Paradoxos, Paixões e Terra Firme”, e “Antigamente não existia Dia”. 

Ator, Dramaturgo, Roteirista, Documentarista, Produtor de Elenco e Diretor de ator, ele também tem atuações em outros longas realizados na região, como Órfãos do Eldorado – Guilherme Coelho (2015), Serra Pelada, de Heitor Dhalia (2012) e Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, de Beto Brant (2010). Fez ainda Araguaya, Conspiração do Silêncio, de Ronaldo Duque (2002) e Lendas Amazônicas, de Ronaldo Passarinho e Moisés Magalhães (1999).

Adriano Barroso atualmente também integra a equipe da Secretaria de Cultura do Estado. Leia entrevista com ele publicada no início deste ano: https://holofotevirtual.blogspot.com/search?q=Adriano+Barroso

(Leia mais sobre o 23º CinePe e sobre a premiação : https://glo.bo/2yDuBv0)

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