25.11.09

Últimos dias para ver a Mostra Visionários na América Latina

No Instituto de Artes do Pará, ainda hoje e encerrando amanhã, esta a mostra “Visionários – Audiovisual na América Latina”, que desde o dia 16 tem dado o que falar.

Na foto ao lado, imagem de Anatomia, (2007), de Bayardo Escober, programa de amanhã.

No programa de hoje, a curadoria é da documentarista e jornalista Marta Lucia Vélez mostra produções de Cuba, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

“De Domínio Público” tem um caráter mais sociológico, de obras como “White Balance (To Think Is to Forget Differences)”, de François Bucher, da Colômbia.

Neste trabalho, encontramos imagens de Manhattan, em Nova York, tiradas da internet e da televisão antes e depois do histórico atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center; WTC.

Amanhã, 26, com curadoria de Elias Levin, teremos o programa “Outras Convergências”, que mostra como a tecnologia de ponta, com telas de alta definição e câmeras móveis de celulares, alteraram de forma definitiva a produção e reprodução da imagem.

Dentro desta seleção de quinta-feira, 26, está “Anomia” (2007), de Bayardo Escober, de Honduras, que mostra a história desoladora de um sujeito alienado.

Também será exibido “Latino Plastic Cover” (2000), primeiro projeto do coletivo Fulana, é um trabalho na linha dos infomerciais da televisão a cabo para promover a última panacéia que garante manter os seus móveis limpos e sem poeira, bem como resolver todos os tipos de danos sociais que atingem a comunidade latina e muito mais.

Em seguida a mostra apresenta “Acción Vandálica en Mi Linda Costa Rica” (2004), de Alejandro Ramírez, vídeo que parte de uma reflexão sobre o grafite e o trabalho sociológico desenvolvido com o karaokê.

Já “Centroamérica Now” (2004), de Regina Aguilar, é uma breve resenha das mortes em massa ocorridas nas prisões de Honduras em resposta à problemática do fenômeno social das gangues conhecidas como las maras no país.

A partir da simulação de um videogame realmente existente, “Juegos en el Parque” (2004), de Jorge Albán, confronta a hibridação tecnológica, o tempo virtual e a exploração implícita da violência como forma de entretenimento, que se revela através do diálogo inocente de duas meninas que se divertem ao matar.

Encerrando a mostra, nesta quinta-feira, 26, será exibida a produção mexicana “Película con Muertos y Toda la Cosa” (2001), de Enrique Favela.

Curadoria coletiva - Promovida pelo instituto Itaú Cultural, a mostra é resultado da pesquisa e curadoria coletiva que inclui o crítico de cinema Arlindo Machado, que fez também uma antologia histórica desta produção desde os anos 60; Elias Levin (América Central, México e Caribe); Jorge La Ferla (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai); Marta Velez (Países Andinos e Cuba); e Roberto Cruz (Brasil), gerente do Núcleo de Audiovisual do Itaú Cultural, que organizou o evento.

As sessões da Mostra “Visionários- Audiovisual na América Latina” começam sempre às 19h, no Instituto de Artes do Pará (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica), com entrada franca.


Veja quais são os filmes desta quarta-feira, 25

Nuevas Consideraciones sobre la Imagen (José Alejandro Restrepo, Colômbia, 2007, 8’55’’, vídeo) - As novas considerações sobre a imagem são, na verdade, muito antigas: vêm pelo menos do século VIII. A luta pelas imagens é parte essencial do butim do espaço teológico-político. A tecnologia da imagem sofistica-se, mas a retórica é a mesma dos debates bizantinos. Aqui temos um exemplo recente que atualiza o debate.

Habana Solo (Juan Carlos Alom, Cuba, 2000, 14’30’’, filme 16 mm, preto-e-branco, revelado à mão) - Neste filme, revelado à mão pelo realizador, assistimos a uma sinfonia de imagens e sons pelas ruas de Havana. As imagens da lente livre da câmera de Alom, sem mais palavras do que as solitárias improvisações de alguns músicos importantes de Cuba, de variadas tendências, falam-nos da cidade que os habita e em que habitam.

White Balance (To Think Is to Forget Differences - François Bucher, Colômbia, 2002, 32’, vídeo) - Esta obra é um esforço para descobrir as geografias do poder, as fronteiras do privilégio.

A obra visita esse problema sob diferentes ângulos, criando curtos-circuitos de sentido que, por sua vez, contam com o suporte de encontros audiovisuais inéditos.

Imagens de várias fontes, da internet e da televisão, misturam-se a imagens feitas em Manhattan antes e depois dos atentados de 11 de setembro.

Retratos Familiares (Carlos Eduardo Monroy, Colômbia, 2003, 11’, vídeo) - “A familia perfeita” é o objetivo de qualquer câmera que se disponha a fazer um retrato de família; por isso, as mulheres procuram o melhor vestido e os homens combinam tudo com a gravata. Tudo deve estar perfeito para que, no momento de dizer “xis”, a criança não se mexa, o nó da gravata esteja reto e os penteados não se desmanchem.

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