A festa conceitual que nasceu em 2010 promete refrescar o calor da tarde neste sábado, 17, com shows das bandas “Kem Pariu Eutanásio?” e “Folha de Concreto” e sets dos DJs Ruy Oliveira, Thiago Oliva, Angelina Vanky, Igor Alves e Alex Pinheio, unindo o bom e velho rock and roll aos sambas e bregas brasileiros. É pra arrombar a festa! No Espaço Cultural Fuxico.
Clei de Souza foi o principal compositor da banda Coisa de Ninguém, que no início dos anos 2000 aportou em Belém com um som panfletário, realista e idealista. Mas alguns anos antes já era conhecido da noite belenense pelos livros caseiros vendidos em mesas de bar.
Formado em Letras pela Universidade Federal do Pará, o poeta, escritor, compositor e vocalista chega agora com dois novos e bons projetos: as bandas “Kem Pariu Eutanásio?” e “Folha de Concreto”, principais atrações da festa Limonada Sonora, que retorna neste sábado no Fuxico.
Nascida no município conhecido com um dos mais violentos do estado, Marabá, a banda “Folha de Concreto” recebeu este nome pelo fato da cidade do sudeste paraense ter uma parte sua divida em folhas, formando o que Clei denominou como uma “castanheira de concreto”. O projeto explora ritmos diversos, aliados a letras que abordam as diferentes realidades do Pará, seja a capital, seja o sudeste do Pará, seja o oeste.
Todas as músicas estão a cargo do baixista Jeová Ferreira (integrante do Coisa de Ninguém), vindo de Marabá para Belém há 10 anos, onde tomou contato com a diversidade rítmica exposta na cidade, mas sempre no caminho alternativo de qualquer cena.
A excelência das composições de Clei e Jeová chegou ao CD “Além da Fronteira”, resultado direto de uma bolsa de criação através de um projeto da pró reitoria de extensão da UFPa, e que vem sendo divulgado pela banda desde agosto passado.
Saindo das reflexões e reflexos, Clei encara também o universo lírico dentro da banda “Kem Pariu Eutanásio?”, onde as composições ganham corpo com blues, boleros e sambas.
De acordo com Clei, a junção das melodias com a angústia de Eutanásio, personagem do celebrado escritor paraense Dalcídio Jurandir, criam uma dor que faz o corpo e o espírito dançarem. A banda “surgiu com esse intuito, aproximar as dores que dançam”, diz o letrista.
Além de mostrar sua relação com a literatura, a “Kem Pariu Eutanásio?” também quer mostra suas inspirações sobre a vida e com a benção de Ismael Silva, Itamar assunção e Núbia Lafaiete.
Além de Clei, a banda tem como componentes: Gideon Lima (vocal), Kaká (guitarra), Alê Nunes (vocal), Reinaldo Guaxe (bateria), Thiago Batista (baixo) e Joseny Souza (violão). Duas vertentes de elucubrações em músicas cheias de sonoridade brasileira e letras que passam pelas variantes do amor e dor em suas realidades palpáveis e oníricas.
Cura ácida e rápida para as feridas sonoras: limonada
Há quem reclame, claro, mas tem mais ainda quem goste e espere ser surpreendido por sets que mostram Maria Bethânia, Fela Kuti, Aretha Franklin, Jackson do Pandeiro, Teddy Max e Erasmo Carlos, bem assim, um depois do outro. Esta é a “pegada” da Limonada Sonora, festa que promete colocar no mapa achados da música brasileira e clássicos do mundo cult e alternativo.
O nome veio de uma brincadeira com band aid e lemon, ou seja, “band aid de limão”, “lemon aid”, uma cura pra ferida local, mas com uma boa dose de acidez. Iniciada em 2010, a festa passou por algumas casas noturnas de Belém, inicialmente realizada semanalmente, e depois de forma espaçada.
Voltando agora com energia nova, a Limonada Sonora chega num momento em que Belém pede e dança a multiplicidade da música brasileira.
Além de apresentar bandas da nova safra musical, a Limonada Sonora também leva alguns dos velhos e conhecidos DJ’s da cena, como Ruy Oliveira e Alex Pinheiro, dois dos principais vanguardistas das noites roqueiras da cidade, aliados aos sets inusitados de Angelina Vanky, Thiago Oliva e Igor Alves, que começam cedo, quatro da tarde, mandando o melhor das músicas para ambientes refrigerados, como já nos disse a banda Cravo Carbono.
Serviço
Limonada Sonora com as bandas Kem Pariu Eutanásio? Folha de Concreto e DJs Alex Pinheiro, Angelina Vanky, Igor Alves, Ruy Oliveira e Thiago Oliva.
Quando: Neste sábado, 17 de novembro, às 16h.
Onde: No Espaço Cultural Fuxico – Rui Barbosa, 1861, entre Conselheiro e Mundurucus
Quanto: R$5 das 16h às 18h; R$10 das 18h às 22h, R$20 das 22h em diante.
Outras informações: (91) 8245 7367 e 8218 3915.
(enviado por Dani Franco)
(enviado por Dani Franco)
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