A história de Babette Cole será contada pela atriz, escritora, diretora e dramaturga neste sábado, 01, abrindo a programação do mês de junho no Centro Cultural Sesc Boulevard. A apresentação acontece às 11h e tem entrada franca.
Taí, se você está a fim de levar a garotada pra curtir um bom programa, fica a dica. Além da história ser das boas, a contadora também é demais, digo e assino em baixo.
Adriana Cruz é fundadora do In Bust Teatro com Bonecos, ao lado de Aníbal Pacha, Paulo Ricardo Nascimento e Cristina Costa. Aliás, anote logo aí, povo do oeste paraense: em julho o grupo chega de barco em Santarém, esticando até Alter do Chão e depois segue para Alenquer. Por enquanto, é o que tem confirmado na agenda.
A viagem faz parte do novo projeto que os fará circular por outras cidades que ficam à beira do rio Amazonas. Levarão junto o espetáculo "Sirênios" e além das apresentações realizarão oficinas.
Entre outros trabalhos, mais recentemente, ela também dirigiu o espetáculo “Ciao! Buonanotte... Finito”, da Cia Investigações Cênicas, que por sinal volta em cartaz também em julho na programação de verão da Funtelpa, com apresentação, mais uma vez, no Teatro Cuíra.
Senta que lá vem a história - Adriana acaba de encerrar mais um curso na UFPA, de Letras. E em abril, lançou mais três livros de histórias da Coleção “Viagens de Zé Mururé”.
A iniciativa abraçada pela Editora Estudos Amazônico nasceu do projeto Zé Mururé, que tem como objetivo coletar histórias e fazer um programa de TV com contação dessas histórias, colocando comunidades ribeirinhas como atuantes nos programas, através de oficinas de teatro de bonecos. Para isso, ainda está faltando patrocínio, que espero, eles logo consigam, pois é inquestionável a qualidade de seus trabalhos, enquanto resultado cênico e de pesquisa sobre histórias e materiais amazônicos.
A vertente literária do Mururé prevê o lançamento de 10 livros. Um já foi lançado na feira do livro de 2012, A Boiuna e a Moça. Este ano estão saindo mais quatro, sendo que três deles já estão prontinhos e foram lançados na XVII Feira Pan Amazônica do Livro: A Matinta Desencantada, Levanta Boi Bumbá, e O Homem que virava porco. O quarto será No Olho do Mapinguari.
A proposta da coleção traz como protagonista o Zé Mururé, um marinheiro que tem um barco chamado Juvêncio.
Viaja pelas ilhas da nossa região transportando frutas, peixes e também histórias que ele conta para um garoto chamado Miguel, morador da beira do porto Cheiroso, (porto que faz uma referência ao porto da palha, ao mercado do ver-o-peso, e outros).
A ideia foi implementada a partir de uma conversa do Cincinato Marques Jr. com a Editora Estudos Amazônicos, que o chamou para criar um livro que tratasse de geografia pra crianças.
“Cincinato sugeriu um livro que tivesse a nossa geografia nortista, e que trouxesse também, nossa cultura, nossas histórias, nossos mitos e propôs ao editor que eu escrevesse estas histórias, sabendo que eu já escrevia roteiros para o Catalendas e para o teatro de bonecos do grupo In Bust”, conta Adriana, que está adorando a experiência.
“Não me julgo escritora, acho que sou mesmo uma contadora de histórias, e isso se estende para o teatro e para a literatura infantil. Faço com muito prazer, me divirto fazendo”, complementa.
Adriana Cruz e Cincinato Jr. |
Ah, isso é meia verdade, pois a veia de escritora é muito forte, mas Adriana é mesmo uma excelente contadora de histórias, e está ganhando espaço em Belém, onde já assume a contação de história para diversos públicos e projetos como o da Livraria Saraiva, o Saraiva Kids, na programação da Estação das Docas, em algumas escolas e, claro, como vai acontecer neste sábado, nos Sescs.
“Tenho um repertório de mais de quinze histórias prontas para o público e destas, três já estão construídas baseadas na Coleção Viagens de Zé Mururé, as quais foram montadas (e ainda estão em processo de construção) com o Cincinato Jr. - uma parceria muito feliz entre a narrativa oral e a música, já que ele é músico”, comenta.
Além de estar assinar a direção do In Bust em diversos espetáculos, e para outros grupos de teatro, Adriana está atuando também na Fundação Curro Velho, responsável junto com uma equipe coordenada por Jorge Cunha, pela construção do espetáculo junino da iniciação artística, para qual ela escreve o texto pela segunda vez. “Já trabalho há mais de 15 anos como instrutora de teatro, para no mínimo 40 crianças por semestre. Adoro esse trabalho”, conclui.
A autora de "Mina Mãe..." Babette Cole |
A mãe que tem vassoura, mas pra voar - Neste sábado por tanto, não perca Minha Mãe é um Problema. A história fala sobre uma mãe um “pouquinho” diferente. Ela leva o filho para escola numa vassoura voadora, e cria uns bichinhos de estimação um pouco estranhos como dragão e aranha.
Os colegas de escola do menino adoram a mãe dele, porém os pais nem tanto e, proíbem as outras crianças de ir à casa do pequeno. Até que um dia, ocorre um incêndio na escola e a mãe diferente, voando na sua vassoura, chega bem mais rápido que os bombeiros salvando todas as crianças. A galera vai gostar. Tá dado o recado! Projetos como este que trazem de volta a tradição da oralidade serão sempre bem vindos!
Serviço
“Minha mãe é um problema” na contação de histórias desse sábado no Sesc Boulevard. Neste sábado, 1 de junho, às 11h, no Centro Cultural SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, 522/523 - em frente à Estação das Docas). Informações: (91) 3224-5305/5654 / sescboulevard@gmail.com e no sescboulevard.blogspot.com.
Um comentário:
Olá Adriana gostei muito da sua coleção e gostaria de trabalhar com o livro Levanta Boi- Bumba na semana literária na creche com crianças da ed.infantil com idade 1 a 3 anos Pensei em algumas adaptações, mostrando é claro nossa Belém, usando tb um teatro de bonecos. Aguardo seu comentário me chamo Aurelina Nassar.
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