25.9.20

Jambú Cósmico apresenta seu brega indie no 1o EP

Essa semana conheci a Jambu Cósmico, que acaba de lançar um EP, homônimo, com as músicas “Melô Cósmico”, “Lua do Meio Dia” e “Tão Quente”. O trabalho, gravado ao vivo para o festival online Moa, é marcado pelo estilo, chamado pela banda de “Brega Indie”,  um resultado repleto das referências musicais de seus integrantes.  

Formada por Arielly Jorge (vocal), Maêva Manuell (percussão e beats), Kamila Eduarda (produção e composição), André Araújo (bateria), João Cantão (baixista), Leonardo Silva (teclado), Luan Hermes (guitarra) e Jazz França (vocal), a banda surgiu em meados de 2019, incentivada pelo desejo de criar um novo estilo musical, que posteriormente chamou de brega indie, uma sonoridade que liga as principais referências do grupo na música. 

"Esse trabalho traz a responsabilidade de mostrar para o Pará toda a essência da Jambu Cósmico. O EP conta com três faixas: Melô Cósmico, Lua do Meio dia e Tão quente”, conta Arielly. Embora a banda seja toda de Belém, alguns dos integrantes possuem ligação com o interior do Pará, o que, para eles, influencia diretamente suas composições. A vocalista e o baterista, Jazz França e André Araújo, têm relação direta com o município de Curuçá. Arielly tem vínculo com Irituia.

“Passeamos pelo Tecnomelody, Tecnobrega, Cumbia, Salsa e Carimbó da nossa região, mas também trazemos influência da MPB, do Indie Rock e do Dream Pop. Todo esse ‘mix’ musical se converge e se torna algo que chamamos de "Brega Indie", e vamos sempre explorar as mais diversas sonoridades possíveis e assim estar trazendo um trabalho que abraçado por todos ao redor”, diz Maêva Manuell, que assume a percussão e os beats. 

As influências são diversas, passando por artistas locais, como Wanderley Andrade, grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB), como Gal Costa, e chegando até grupos internacionais, como Arctic Monkeys e até Lana Del Rey, mas um dos elementos que me chamou atenção foi o trabalho vocal. "Investimos nas vozes pra conseguir criar novas sonoridades", me explica Arielly. As composições são das vocalistas, em parceria com o guitarrista Luan Hermes. 

Produção artística e circulação em festivais

O grupo, mesmo novo no circuito cultural da cidade, já havia mostrado seu trabalho em alguns espaços, em Belém e Icoaraci, quando veio a pandemia. Eles voltaram a se apresentar recentemente, no Festival Moa de Música das Periferias, que reuniu 15 artistas do projeto, de forma online.

“Vindos desse cenário pandêmico, mal conseguimos reunir a banda toda. Quando isso aconteceu, foi direto para gravar as faixas de forma ao vivo, que seriam lançadas na live do Moa", diz Arielly. 

Para o próximo período, o grupo, que acaba de fechar uma parceria com a produtora Braçal Disco, mira nos grandes festivais locais e em programas de incentivo à cultura. A Jambu também procura fortalecer a cena musical independente, colaborando com outros artistas do Pará e do Brasil. “Estamos super ansiosos para que todo mundo nos ouça, pois assim que tudo melhorar iremos fazer os melhores shows de nossas vidas”, finaliza Kamilla.

“Ser um artista independente em 2020 é um desafio em qualquer canto desse país. E aqui no Norte temos de ralar ainda mais pois sofremos daquele mal de Alzheimer que atinge os grandes circuitos de incentivos culturais brasileiros ao esquecer que existem artistas nas terras daqui, onde a cultura é infinitamente rica, fazendo uma arte que agrega tudo o que é visto no ‘mainstream’ do país inteiro, mas sorte a nossa que temos atualmente grandes nomes levando a nossa cultura, como a Gaby Amarantos, Dona Onete, Jaloo entre tantos outros”, afirma João.

Ouça o EP Jambu Cósmico 

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Para seguir:

Instagram: @jambucosmico


Fotos:

Divulgação

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