Ontem (24), a programação prevista para iniciar às 19h30, sofreu um atraso por causa da queda do link de internet, retomado uma hora e mais um pouco depois, o que não deve se repetir neste segundo dia. O teatro está recebendo até 50 pessoas, menos que a metade de sua capacidade, por causa da pandemia e necessidade de distanciamento.
O público presente de ontem, mesmo com a demora, não arredou o pé. E enquanto a live não entrava no ar, o jornalista Tito Barata, convidado para apresentar as três noites do Tapajazz, cantou para os presentes uma música de Rui Barata, seu pai, em parceria com o irmão, Paulo André Barata; e em seguida, ele ainda convidou Márcia Yamada, diretora do teatro, a mostrar seu talento como cantora. O público aplaudiu.
E o publico virtual, mesmo sem ver tudo isso, também aguardou e não se arrependeu. Finalmente a transmissão iniciou, pelo canal de Youtube, com retransmissão para a página de Facebook da Equatorial Energia, a patrocinadora máster do festival, e também pela página do projeto.
Tito Barata nos conduziu por uma noite de encantos da música amazônica, ou jazz amazônico, caracterizado pelas misturas sonoras hispano americanas e africanas. O apresentador falou sobre a origem do festival, idealizado pelo produtor Guilherme Taré, em Alter do Chão, Santarém, e comentou sobre o “achado criativo” do nome do festival, Tapajazz, fazendo alusão ao rio e ao mesmo tempo à universalidade do jazz. Taré complementou que é também uma homenagem ao violonista Sebastião Tapajós, considerado o patrono do festival.
“Estamos felizes de estar aqui, estamos participando pela segunda vez do Festival e desta vez daqui do meio do mundo”, disse Zé Miguel ao lembrar que Macapá fica no meio da linha do Equador. “O Conexão Amazônia tem como proposta o intercâmbio entre músicos e compositores da Amazônia. Recebam nosso abraço em forma de canção”, acrescentou.
Enrico di Miceli lembrou dos tempos em que morou na capital paraense. “Morei em Belém há muito tempo. Aos 18 anos pisei no Teatro Waldemar Henrique, com o show Via Norte, depois com o Porta de Casa, o Norteando... Tenho muitas histórias”, disse ele olhando para Joãozinho Gomes, que respondeu: “Nós que somos conterrâneos, paraenses. Os anos 80 foi uma década marcante, e tudo dentro desse teatro”.
A próxima atração, Alan Gomes, també veio de Macapá, que també ressaltou a importância do Tapajazz como espaço para a música instrumental. “É uma honra poder participar desse festival de tamanha importância, mesmo sendo a distância. Que realmente tenham mais edições”.
A primeira noite do Tapajazz encerrou com o Tripa – Trio paraense, formado por Luiz Pardal (guitarra portuguesa, violino e harmônica), músico multi-instrumentista, diretor musical, compositor e arranjador; pelo compositor e arranjador Jacinto Khawage (piano e violão) e pelo músico e produtor cultural Paulinho Assunção (percussão e bateria.
Os três já se conhecem há mais de 30 anos e há mais de 15 anos resolveram formar o Trio, no qual trazem repertório de músicas autorais, músicos compositores, da música brasileira e grandes clássicos internacionais.
Serviço
Mostra Belém Tapajazz segue nesta sexta, 25, e sábado, 26 de setembro, às 19h30, com transmissão direto do Teatro Waldemar Henrique, pelo YOUTUBE TAPAJAZZ – MOSTRA BELÉM e retransmissão pela página de Facebook da Equatorial Energia. Realização da Fábrica de Produções, patrocínio da Equatorial Energia, por meio da Lei Semear do Governo do Estado, e patrocínio da Alcoa. Apoio cultural da Casa do Saulo – Onze Janelas e deputado Igor Normando.
(Holofote Virtual com fotos de Sérgio Malcher)
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