O levante poético, em meio a biodiversidade exuberante paraense, chamou atenção a soma recordista de devastação e crimes contra a floresta e seus povos, uma interferência que vem alterando, num crescente, o clima e o ritmo do planeta.
Participaram desta edição a arte indígena de Denilson Baniwa, Moara Brasil, do artista visual Kambô, do ilustrador Magno, as narrativas de Tainá Marajoara e Joanna Denholm e colaboração dos coletivos de arte visual do Greenpeace, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Projetemos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e Conferência Nacional Popular de Segurança e Soberania Alimentar.
Em formato de projetaço, as artes ocuparam o complexo do Ver-o-Peso, na Feira do Açaí, a Ladeira do Forte e o Muro do Forte do Castelo, iniciada com saudação à mãe-floresta: Amazônia Guardiã. Mãe dos rios que voam. Casa dos que seguram o céu. Em diálogo com as artes de Moara Tupinambá, artista indígena em retomada pela ancestralidade de Cucurunã.
Projeções tomam muros dos colonizadores
Diante disso, Fernanda Stefani, da Cas’Amazônia e 100% Amazônia, aponta a emergência em estabelecer relações justas no mercado de produtos não-madeireiros e transformar o apetite voraz internacional sobre o açaí que acumula riquezas e escasseia benefícios. É imprescindível reconhecer o protagonismo dos povos da floresta e potencializar suas vozes e saberes.
Arte denúncia em defesa dos povos da floresta
Este dia 05/09 foi data de retomada, o DIAA - Dia de Inspiração Anticolonialista Amazônica, realizado na área de "fundação" de Belém, onde Artistas Indígenas e aliados retomam o território como uma Cabanagem de Arte Contemporânea, que traz a luta, a proteção das matas, a cultura e a denúncia dos crimes contra a floresta e a humanidade, que assim como é superlativa a sua biodiversidade é alarmante o índice de crimes contra a vida amazônica!
Um levante poético-visual em defesa da vida amazônica, contra o marco temporal, contra a destruição socioambiental feito um caleidoscópio na arte vibrante do Kambo que se faz vacina de encantamentos, vem como um tajá-soldado de cores fortes anunciando a territorialide e os rostos de seus povos, seus sorrisos e suas lutas!
O registro visual foi feito pelo fotógrafo Rao Godinho, a produção por Isabela Dias e Carlos Ruffeil e ainda contamos com a colaboração de Thiara Fernandes na concepção. Assim, chegou o DIAA, com flechadas de encantarias para Amazônia pulsar no ritmo da criação e levantar o céu!
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(Holofote Virtual com informações do coletivo ativista)
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