19.8.24

Baterista amazonense realiza vivência em Belém

Ygor Saunier está realizando trabalhos de pesquisa sobre ritmos amazônicos no Pará e, a convite da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município (Fumbel), ele fará uma Vivência Percussiva na Sala Vicente Salles, no Memorial dos Povos, na próxima quinta-feira, 29 de agosto, a partir das 17h. A entrada é gratuita, mas são apenas 50 vagas, com entrega de certificado mediante inscrição via formulário online.

Destinado a alunos, professores, pesquisadores de música, percussionistas e demais interessados, o encontro promete ser um momento de intensa troca de experiências. 

Doutorando pela Universidade Estadual de São Paulo - UNESP, onde desenvolve estudos sobre o Marabaixo, Ygor Saunier é baterista e percussionista do Boi Caprichoso de Parintins (AM) e da banda italiana Gen Rosso, de pop rock e música étnica. Na vivência ele irá compartilhar com o público, os frutos de seus 15 anos de pesquisa sobre as manifestações culturais da região.

O músico traz uma trajetória conectada com a cultura amazônica, especialmente com o Estado do Pará. “As conexões das minhas pesquisas com Belém já vêm de muitos anos. Eu estive aqui pela primeira vez em 2014, quando vim realizar as pesquisas para o meu primeiro livro, Tambores da Amazônia: Ritmos Musicais do Norte do Brasil”, relembra Ygor. 

Naquela ocasião, ele se dedicou a estudar manifestações culturais como a Marujada de Bragança e o Carimbó de Marapanim, trabalhando diretamente com os mestres dessas tradições. “Eu gosto sempre de, nas minhas viagens de pesquisa, estar com eles, trocar ideias... Foi uma experiência muito especial”, acrescenta. Sua pesquisa se estende também a outras regiões do Pará, como o oeste paraense, onde investigou o Marambiré, em Alenquer. 

Para Ygor, a conexão com Belém e o estado do Pará é especialmente significativa. “Aqui, vejo o quanto vocês dão valor e se orgulham do que é amazônico e do que é de vocês, paraenses. O estado do Pará é muito rico culturalmente, com muitos ritmos e tambores, e isso é o foco de toda a minha pesquisa”, afirma.

No Brasil por seis meses, ele pretende concluir suas pesquisas de doutorado sobre o Marabaixo dos quilombos da capital do Amapá. Durante sua estadia em Belém, visitou o Museu Emílio Goeldi, onde encontrou registros de muitos dos tambores que integram seu estudo. Natural de Maués, no Amazonas, mesmo morando na Europa, ele mantém uma forte ligação com as tradições amazônicas, retornando anualmente para participar da banda oficial de arena do Boi Caprichoso em Parintins. “Este ano foi muito especial, e pretendo voltar sempre. E nunca perco essas ligações com esta região”, finaliza o pesquisador.

Serviço

Vivência sobre Ritmos Amazônicos. Dia 29 de agosto, às 17h, na Sala Vicente Salles - Memorial dos Povos (Av. José Malcher, 257). Entrada gratuita, mediante inscrições para certificados, pelo link: Inscrições gratuitas pelo link https://forms.gle/BMoYKt4N2W6hvDzx8 - 50 Vagas. Os participantes podem levar instrumentos percussivo para a vivência.

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