Foto: Nailana Thiely |
A Amazônia é região marcada pela força de suas águas, berço de uma tradição visual única: as caligrafias coloridas que adornam as embarcações ribeirinhas. Essas letras, cuidadosamente esculpidas pelos "abridores de letras", simbolizam uma expressão artística profundamente enraizada na cultura amazônica.
O ILQF, primeiro instituto voltado à cultura ribeirinha no Brasil, surge após 15 anos de pesquisa e promoção desse ofício singular. Fernanda Martins, idealizadora do projeto, enfatiza a importância dessa cultura visual na Amazônia, que, assim como a música e a dança, reflete os saberes locais e a identidade ribeirinha. “O homem amazônico, ao fazer cultura, traz o colorido para se sobrepor ao regime da natureza”, destaca.
Foto: Nailana Thiely |
Durante o evento de lançamento, os abridores de letras terão a oportunidade de se reunir pessoalmente pela primeira vez, após anos de conexão virtual. A programação incluirá ainda oficinas de abertura de letras para alunos das escolas públicas das ilhas de Caratateua e Cotijuba, além de uma pintura coletiva com os mestres abridores.
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias, R. Sen. Manoel Barata, 400 - Campina, Belém
15 de agosto (quinta-feira):
9h às 18h | Encontro de Formação para os Artistas Abridores de Letras (Sala Multiuso)
16 de agosto (sexta-feira):
9h às 17h30 | Continuação do Encontro de Formação
18h30 às 20h | Cine Letras + Bate-Papo com Fernanda Martins, Sâmia Batista e os Abridores de Letras (Hall de Entrada)
17 de agosto (sábado):
9h às 12h | Ciclo de Oficinas de Abertura de Letras e Abrindo Paisagens para alunos da região das Ilhas de Belém (Sala Pequena/Biblioteca)
O ILQF é uma realização do Mapinguari Design e Letras que Flutuam, em parceria com o Centro Cultural Bienal das Amazônias, Instituto Peabiru e Fundação Escola Bosque (Funbosque), com patrocínio da Equatorial Pará, por meio da Lei Semear.
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