Na programação, três curtas paraenses feitos em Mosqueiro, Marajó e na África, além de um longa metragem de Nelson Pereira dos Santos.
As possibilidades de espaços para a exibição cineclubista são vastas. Na rua, na praça, em instituições, mas também em terreiros de candomblé e até em escolas de samba.
É numa sede dessas que o Cinclube Inovacine, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - Fapespa, apresentará duas sessões. A primeira nesta terça-feira, 20, logo mais, às 19h, e amanhã, 21, no mesmo horário, com entrada franca.
A iniciativa faz parte da comemoração pelos 19 anos da Escola de Samba Deixa Falar, em parceria com o Cineclube Amazonas Douro e da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, responsável pela coordenação e curadoria dos filmes.
Serão exibidos quatro filmes, sendo três realizados por paraenses e um nacional, “Rio Zona Norte”, de Nelson Pereira dos Santos.
Entre os paraenses, o destaque é a para a estréia de um filme do “ciclo mosqueirense” de Márcio Barradas: “O filho de Xangô”, realizado na Ilha do Mosqueiro.
Além dele, também entram na programação, o curta rodado no Marajó “São Sebastião de Cachoeira do Arari”, de Francisco Weyl (produção de 2010), e ainda um curta produzido por um paraense, ano passado, na África, “Guiné-Bissau”, de Hilton P. Silva.
PROGRAMAÇÃO
Dia 20 de abril, 19 horas
“Rio, Zona Norte” (Nelson Pereira dos Santos. 1957. p/b. 90’): Auto-questionador dos rumos do cinema, Nelson experimenta a montagem ao flerta com a narrativa clássica moderna, afastando-se da “fórmula neo-realista” para atingir a “forma nelsonpereirista”.
O filme é um dos momentos de luz máxima dessa extensa carreira que segue até hoje. Neste filme de ensaio, a partir do samba imortal de Zé Ketti, Nelson constrói Espírito da Luz Soares (Grande Otelo).
“São Sebastião de Cachoeira do Arari” (Francisco Weyl. 2010. COR. 10’): Um filme sincrético com a força mítica do povo marajoara, Amazônia, Brasil, com trilha sonora original dos cantadores de ladainha de Cachoeira do Arari.
“Guiné-Bissau: colorido de ritmos e movimentos” (Hilton P. Silva e Neto Soares. 2009. COR. 9’): Uma abordagem na linha do “docuficção” com uma perspectiva etnovisual, antropológica e arrojada sobre movimento, dança, ritmo e cultura na Guiné-Bissau, a partir de imagens colhidas em tempos diferentes, por diversos atores sociais, e interpretadas por olhares artísticos-estéticos-criativos, que envolvem a produção realizada por novos talentos regionais e a colaboração de guineenses que vivem na Amazônia.
“O filho de Xangô” (Márcio Barradas. 2009. COR. 30’): Curta-metragem baseado em fatos reais, extraídos do cotidiano de pessoas simples que habitam o norte do Brasil. Registra a realidade vivida na Amazônia, revelando à magia a grandeza e o sofrimento destes brasileiros que sobrevivem heroicamente numa das regiões mais sofridas do Brasil.
Mais Informações: 9605.5576.
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