10.8.12

Black Soul Samba de volta nas sextas do Palafita

E neste retorno de segundo semestre, o coletivo traz o show de "swingue" universal de Nazaré Pereira. Além dela, a Black Soul Samba conta ainda com seu staf de DJs. Eddie Pereira, Fernando Wanzeler, Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuíca e Kauê Almeida, que voltam cheios de saudade e novos sons para a noite de sexta, garantindo sempre o melhor da música brasileira com todas as cores da black music. É nesta sexta, 10 de agosto, no Palafita.

Depois de uma festiva e aclamada participação na festa de São João da Black, no show de Adilson Alcantara, a cantora de Xapuri sentiu as intensas e felizes vibrações do público e não teve dúvida, tinha que levar seu show inteiro àquele palco. “Já têm alguns anos que mostro através de meus shows, os ritmos brasileiros e principalmente amazônicos para pessoas alegres de vários países do mundo, e a festa é sempre maravilhosa”, comemora.
 
Acreana, criada em Icoaraci e há anos morando em Paris, ela nunca deixa de vir à terrinha. Para a festa do dia 10, Nazaré convocou o quarteto formado por Mário Mouzinho (violão), Sagica (bateria), Gringo (baixo) e Edgar Matos (teclados). O repertório tem xote, baião, carimbo, forró e o que mais a energia da noite permitir. Entusiasmada, Nazaré garante que o show será efusivo. “Espero por vocês para passarmos bons momentos juntos em uma viagem dançante e musical”, convida. Cantora. Coreografa. Diretora. Compositora. Atriz.

Nazaré é filha de pai seringueiro e mãe lavadeira. Após formar-se como professora primária foi para o Rio de Janeiro e fez Faculdade de Teatro na Uni-Rio. Em 1969, ao lado de Leila Diniz, atuou em diversas novelas. Por essa mesma época, ganhou um prêmio no programa "A grande chance", de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi. O prêmio foi uma passagem para Portugal. De Lisboa, viajou para Nancy, na França. Nesta cidade, estudou teatro com Jack Lang, mais tarde ministro da Cultura do governo Mitterrand.

Fez graduação no Centre Universitaire Internacional de Formation et des Recherches Dramatiques de Nancy. No ano de 1971, em Paris, sob a direção de Bob Wilson, integrou o elenco da peça "Les Regard du Sourd", encenada no Teatre de La Musique. No ano seguinte, representou o Brasil no Festival de Teatro de Quito (Equador).

Dois anos depois, participou do "Festival de Teatro de Nancy". E foi então que começou a cantar em casas noturnas de Paris. Entre seus discos mais conhecidos está a compilação feita por David Byrne para a gravadora EMI, "Beleza tropical", no qual interpretou "Maculelê" e "Caixa de sol", participando deste mesmo disco Caetano Veloso e Gilberto Gil. Gravou 17 discos, cinco dos quais para o público infantil. Escreveu com Michel Mayne (compositor de 'Emmanuele') letras para trilhas sonoras de filmes franceses.

Em Paris manteve um programa de música brasileira em uma emissora FM. No LP "Amazônia", gravado e lançado na França pela Cézame, incluiu um dos maiores sucessos de sua carreira, "Xapuri do Amazonas" (de sua autoria), além de outras composições, como "Riacho do navio" (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), "Sodade, meu bem sodade" (Zé do Norte e A. do Nascimento), "Baião de Paris" e "Forró no escuro", ambas de Luiz Gonzaga, "O que vier eu traço" (Alvaiade e Zé Maria) e "Boi bumbá", de autoria de Waldemar Henrique.

Também lançou outro disco de grande sucesso, "Nazaré Pereira", pela RCA, no qual interpretou "Bahia" (Antônio Carlos e Jocafi), "Assum preto" e "Baião", ambas de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, "Saudade da Bahia" (Dorival Caymmi) e, de sua autoria, "Carimbó do dó" e ainda "Cirandando" e "Cristina", ambas em parceria com Coaty de Oliveira. Participou de vários festivais, como o de Montreal e Quebec, no Canadá, Montreux na Suíça e o "Festival de Nice", na França. Apresentou-se em teatros parisienses importantes, como Olympia e Bobino. Fez turnê pela Europa, Oriente Médio e África.

Serviço
 Nazaré Pereira na volta das férias da Black Soul Samba. Quando: Sexta, 10 de agosto de 2012 – A partir das 21h. Quanto: R$10,00 – com meia-entrada para estudantes (em respeito à lei nacional da meia-entrada). Onde: No bar Palafita – Rua Siqueira Mendes, ao lado do Píer das 11 Janelas, na Cidade Velha.

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