É neste dia 31, a partir das 21h, no bar e restaurante Palafita, em plena Cidade Velha, iluminada pela lua cheia. Protagonizando a festa, está D-Luca Rapper, que deu uma entrevista aqui para o blog. Ex- integrante do Clã Real, ele mergulha de cabeça no trabalho solo, mas desta vez, não estará sozinho.
D-Luca Rapper recebe como convidados os MC’s Dime e
França e Alonso Nugoli, além de DJ Fantasma. Mas a balada rap que dá um tchau
para agosto tem muito mais. A noite hip hop da Black Soul Samba terá
ainda a participação do DJ Truta - que toca no Açaí Biruta e no Reggae
no Parque - Roots Reggae - e do DJ Gio Bittencourt , que vai mandar
muita cúmbia, o ritmo afro latino, popular na América do Sul, e que
muito se mistura aos ritmos paraenses.
Além
dos imperdíveis Djs residentes da Black Soul Samba, Eddie Pereira, Uirá
Seidl, Kauê Almeida, Fernando Wanzeler e Homero da Cuíca, que desde o
início da festa estarão com sets especiais para a noite mais rap que a
Black já teve, quer apostar?
DJ Fantasma |
O Rap - Esta cena está crescendo em Belém. As produções independentes estão acontecendo.
Há eventos como o Tamujunto, um baile com DJ's e MC's e grupos Rap tocando, que aliás já tem na agenda a próxima, no dia 06 de setembro, no Espaço Reggae, que fica ali na rua 16 de Novembro.
Outra cena é a do “Rima di Rua”, que tem trazido em praça aberta encontros de MC's para troca de ideias e batalha de Freestyle. “Os grupos de Rap estão gravando mais, colocando suas músicas e discos na rua. Já temos grupos gravando vídeo clips e alguns já estão nas ruas como o dos ‘Aliados MC's, Ian Smith e Bruno B.O.”, revela DJ Fantasma.
Os Cronistas da Rua Dime França, compositor e vocalista, e o Beat Box Alonso Nugoli estiveram na Rio+20, onde apresentaram a sua mistura de hip hop e rap com sotaque amazônico. São uma nova vertente do rap, na opinião de D-Luca. As músicas, de cunho social, trazem letras não só críticas, mas também soluções aos problemas sociais.
Dime e Alonso, Cronistas da Rua |
“Conhecemos o trabalho do D-Luca há algum tempo. Acreditamos que não é só rimar para ser um MC.
Eu acho que tem que existir sentimento quando passas a informação. Quando falo, gosto do sentimento de verdade para a própria alma, algo que fazes com prazer”, diz o MC Dime França.
D-Luca Rapper é inspirado em grandes nomes do rap, mas está criando um estilo próprio e vem produzindo de forma independente suas composições. E algumas delas já reverberam na cena, como “A vida né um teste”, “A Todo Vapor”, “Vida real” e “Eu vim pra guerra”, ouça aqui: www.soundcloud.com/d_lucarapper. No twitter: www.twitter.com/D_LucaRapper / e para ver mais: www.youtube.com/user/DLucaRapper. A seguir o bate papo com o Holofote Virtual.
Holofote Virtual: Clã Real foi o primeiro coletivo do qual você participou? O que acontece agora com este trabalho solo?
D-Luca Rapper:
Não, foi o segundo grupo de Rap. Com o trabalho solo, passei a produzir
independentemente minhas batidas, mixagens, edição etc... Na minha
própria gravadora, chamada Forno Records.
Holofote Virtual: Há quanto tempo você faz Rap e como tudo começou?
D-Luca Rapper: Já estou uns 10 anos e tudo começou em meados de 2002, numa roda de amigos. Decidimos formar o grupo M.P.F. (Movidos pela Fé). Uma semana depois começamos a compor e colocar as ideias na prática. Com o tempo, Brutos e Cisco traçaram outros caminhos. Eu, porém, continuei nessa batalha que estou conquistando até hoje.
Holofote Virtual: Como você vê a cena Rap em Belém?
D-Luca Rapper: Como uma Fênix, renascendo das cinzas. E isso está se fortalecendo mais do que antes aqui no Norte, com vários eventos, mutirões e oficinas. Mostrando que também tem rap aqui nessa porra!
Holofote Virtual: Então há mercado, reconhecimento?
D-Luca Rapper: Muitos assim como eu, mantêm trabalhos paralelos para poder sobreviver. Por enquanto só do Rap não dá. Estamos na batalha para que isso mude na cena do Rap (paraense).
Holofote Virtual: Do que você trata em suas letras?
D-Luca Rapper Revolução através das palavras e "passar ideia certa pros bicho solto", como canto na minha musica chamada "A Vida né um Teste", onde expresso também o cotidiano da minha quebrada.
D-Luca Rapper: Desde sempre, minha grande inspiração e influência é Notorious Big.
É claro que tenho influências nacionais como: Dexter, MV Bill, Racionais MCs e Rappin Hood, que tive oportunidade de conhecer nos bastidores de um festival. Ultimamente venho escutando e observando mais o trabalho da galera da nova escola do rap paraense.
Holofote Virtual: Como vai ser a apresentação da Black?
D-Luca Rapper:
Em todas as minhas apresentações, procuro fazer uma abertura diferente.
Nessa preparei uma homenagem que vai ser surpresa. Mas antes de subir
no palco convidei os cronistas de rua da nova escola formado pelo Dimi e
Alonso Beat Box, além de ter assumindo Pickup, o DJ Fantasma. Espero
fazer história nas memórias dos frequentadores da Black Soul Samba,
assim como fiz em outros lugares.
Serviço
No bar Palafita – Rua Siqueira Mendes, ao lado do Píer das 11 Janelas, na Cidade Velha.
A partir das 21h - R$10,00 – com meia-entrada para estudantes (em respeito à lei nacional da meia-entrada). Informações: (91) 8134.7719 e (91) 8413 0861 / blacksoulsamba@yahoo.com.br. Escute a Black na rádio: Toda quarta, 21h, na Unama FM – 105,5. Reprise aos sábados, 22h.
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