25.5.11

Apoteose do Conexão Vivo reúne 66 atrações em BH

Sammliz (Foto: Samuel Mendes)
Da arrancada na Semana Santa até agora, 106 atrações já embalaram o público do Conexão Vivo BH. Após um mês de shows em cinco locais da cidade, o programa chega agora à sua tradicional “apoteose”. Enquanto a festa não chega ao Pará, vale dar uma conferida no que está acontecendo em terras mineiras, em etapa final. O programa, que inclui o Pará na sua rede, teve início no mês de abril em Belo Horizonte. No mês de julho preprare-se que a maratona musical será aqui.

Desta quarta-feira, 25, a domingo, 29, artistas de sete estados brasileiros passarão passaram pelos dois palcos armados no Parque Municipal Américo Renné Gianetti, para ajudar a esquentar as noites frias de maio. Simultaneamente, a Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes recebe outras oito atrações musicais. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à exceção do domingo, dia 29, que tem entrada franca.

Para completar a programação, no dia 28, o Music Hall se transforma em salão de baile com a Orquestra Cabaré, que convida o compositor carioca Edu Krieger e o soulman Hyldon. Na abertura da noite, o samba-roqueiro Gustavo Maguá recebe como convidado o vocalista da banda paulistana Clube do Balanço, Marco Mattoli.

Um público estimado em 28 mil pessoas acompanhou os eventos do Palácio das Artes, Praça do Papa, Centro Cultural UFMG, Lapa Multshow, Barragem Santa Lúcia e nos bares e casas noturnas associados ao Circuito Conexão Vivo. A transmissão online dos shows contabiliza 9 mil acessos, originários de dez países.

A programação - Desde a primeira noite do Parque Municipal, dia 25, o público pode apreciar a diversidade sonora que marca o histórico e o conceito do Conexão Vivo.

A maratona começa com o encontro do samba dos mineiros do Capim Seco e o maracatu do pernambucano Siba, um dos fundadores do Mestre Ambrósio, a partir das 19h30. Em seguida, a inquietação e a irreverência da banda Porcas Borboletas, de Uberlândia, se misturam ao rock de Paulo Miklos, conhecido por seu trabalho nos Titãs.

A pegada punk rock com pitadas de samba , bolero e funk carioca de Deco Lima e o Combinado é a atração seguinte, com os convidados: Fred 04, o vocalista do Mundo Livre S/A, Angu Stereo Clube (MG) e o guitarrista Anderson Guerra. Ícone do samba-rock e mestre da mistura com sonoridades caribenhas, Marku Ribas recebe o contrabaixista paulista Zérró Santos. Encerrando a primeira noite, os brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju mostram porque são uma das revelações da nova música nacional, com um show empolgante e envolvente, que não deixa o público parado.

Um dos criadores do projeto Mostra Nova Música Instrumental Mineira, o multi-instrumentista Felipe José convida o violonista e flautista alagoano Elísio Pascoal para abrir a programação do dia 26, às 19h30. Em seguida, a cantora e percussionista pernambucana Karina Buhr apresenta seu disco de estreia, Eu Menti Pra Você, acompanhada por uma banda formada por nomes de peso como os guitarristas Edgard Scandurra e Fernando Catatau. 

A atração seguinte promove um encontro do cantor e compositor mineiro Vitor Santana com os cariocas Pedro Sá (guitarra) e Marcos Suzano (percussão). Depois do sucesso da participação no show de Lenine na abertura do Conexão Vivo, em abril, Tulipa Ruiz volta a BH para um show completo com sua banda. A noite termina em samba com o grupo Zé da Guiomar convidando o baterista Wilson das Neves, um dos mais respeitados e experientes nomes do instrumento em atividade.

Marcelo Jeneci
Dia 27, 19h30, o rock sem guitarra do trio mineiro The Hell’s Kitchen Project recebe os cariocas da banda Autoramas para dar início ao terceiro dia de apresentações.

A seguir, o rap encorpado e contundente da banda Julgamento divide o palco com Nathy Faria e Marku Ribas. Na sequência, a música popular contemporânea ocupa o palco com o convite de Lucas Avelar para a participação de Affonsinho, antecedendo o encontro entre o virtuosismo do violonista Gilvan de Oliveira com um dos ícones da música de trio elétrico, o baiano Armandinho.

A noite termina com o jovem talento Marcelo Jeneci apresentando canções de seu primeiro álbum, Feito Pra Acabar. O penúltimo dia de apresentações (28), inicia com a inquietação das enxadas, tambores e sopros de Babilak Bah, encorpada pelo violão de Juarez Moreira. Logo depois, o samba de gafieria do Senta a Pua!, tendo como convidado o músico carioca Eduardo Neves, promete colocar o público pra dançar. Pra completar a animação, o Black Sonora sobe ao palco com muito groove e suingue, misturado ao soul do pernambucano Di Melo. O som eclético do Graveola e o Lixo Polifônico é a atração seguinte e tem como convidado Jards Macalé. Depois, Renegado convida Maria Alcina para encerrar a noite de sábado.

O domingo (29), último dia, reserva atrações para toda a família, com o diferencial que a programação é inteiramente gratuita. A cantora Sílvia Negrão apresenta, às 10h, o musical Catibiribão, que resgata lendas e tradições da cultura brasileira, em um espetáculo para encantar crianças e adultos. A seguir, é a vez do baterista Wilson Dias e do violeiro Pereira da Viola, que convidam a cantora Patrícia Sene. A manhã segue com o som instrumental do saxofonista Cléber Alves convidando Nivaldo Ornelas, Mauro Rodrigues e Teco Cardoso. Depois, Juarez Moreira se apresenta com o premiado guitarrista Diego Figueiredo.

Na sequência, os ritmos afrobrasileiros da Suíte para os Orixás de Esdra “Neném” Ferreira e Mauro Rodrigues se encontram com o jazz de Renato Motha. A diversidade de estilos musicais de Juarez Maciel e Grupo Muda e a percussão corporal do grupo Barbatuques são as atrações seguintes. Para encerrar a maratona musical do Parque Municipal, o instrumentista Warley Henrique convida a cantora carioca, radicada em Minas, Aline Calixto.

Mestre Vieira, um dos artistas do Conexão 2011
Conexão interestadual - Os shows do Conexão Vivo são apenas uma parte do programa, que já realizou e incentivou a formação de mais de 1.500 atividades, entre espetáculos, oficinas, debates e seminários, além de projetos de gravação de CDs e DVDs, circulação de artistas e turnês, apoio a estúdios e programas de TV e rádio.

Com uma programação diversificada e descentralizada, espalhada por nove espaços em Belo Horizonte, o Conexão Vivo promove em 2011 uma verdadeira maratona musical, ao longo de todo o ano. Entre junho e novembro, por exemplo, o Museu Inimá de Paula sedia uma série regular de espetáculos.

Depois de Belo Horizonte, o Conexão segue para o interior do estado e outras capitais –especialmente Bahia e Pará, onde mantém uma atuação bastante ativa desde 2010. Neste ano, o programa abrange 150 projetos em sete estados brasileiros: além de Minas, Bahia e Pará, também Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. E já negocia sua expansão para pelo menos outros três (Goiás, Maranhão e Sergipe). Em Minas Gerais, são 65 projetos em 2011, selecionados por edital ou convidados pelos gestores do programa.

(com informações de Marcelo Damaso, da Assessoria de Imprensa local do Conexão Vivo)

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