7.5.11

Artistas mobilizados contra verticalização de Belém

Prédio histórico do Curro Velho já está afetado
A construção desordenada na orla e  a verticalização desenfreada em toda a cidade ,  assuntos que há muito tempo são alvos de discussões e protestos,  agora  ganharam apoio da classe artistica que, unida por meio do movimento Ativarte, preparam uma série de ações em Belém. 

Além de um documentário, o movimento promoverá ações de protestos, com objetivo gerar interseções entre práticas artísticas e ativismo político na contemporaneidade

O Ativarte é um movimento coletivo e engajado, que se utiliza de vários modos de experimentação estética como as artes cênicas, artes plásticas e visuais, música, literatura, e comunicação digital, para se efetivar social e politicamente. 

Uma de suas primeiras ações contra a verticalização desenfreada foi lançar um abaixo assinado que pode ser assinado por todos que desejam apoiar as ações que vem sendo desenvolvidas. Caso interesse, acesse aqui

Neste último sábado, 07, artistas do movimento audiovisual estiveram na Rua Prof. Nelson Ribeiro, colhendo depoimento de vários moradores sobre a construção de vários prédios na orla daquele lado da cidade para a realização de um documentário.

Nesta segunda-feira, 09, mais uma ação está prevista e será veiculada através do twittcam. O protesto é contra as edificações que já afetam o prédio sede da Fundação Curro Velho, tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado.

“Estamos fazendo imagens das construções, dos prédios do Curro Velho, já cheio de rachaduras, e da Universidade Estadual do Pará -UEPA, que também está passando pela mesma situação”, diz Edmir Amanajás, da Rede Voluntária de Educação Ambiental, que integra o movimento artístico-ativista. Ele informa que a ação desta segunda-feira, 09, iniciará às 6h, na Rua Prof. Nelson Ribeiro,  e será toda transmitida ao vivo pelo twittcam.

“Vamos nos acorrentar a um dos prédios e ficar debatendo a situação. Além de transmitir, também estaremos gravado tudo, como forma de registrar a performance e incluir no documentário”, informa.

Na terça-feira, 10, os documentaristas acompanharão uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-PA (às 15h), que também vem recolhendo assinaturas para um abaixo assinado contra a construção irregular de prédios na orla da cidade e a expansão desenfreada do setor imobiliário em Belém.

A OAB, que considera que, tal expansão pode gerar empregos na área da construção civil e contribuir para o desenvolvimento, mas também provoca problemas socioambientais, principalmente para quem mora à beira da Baia do Guajará e dá como exemplo o prédio de 23 andares que foi erguido na Rua Nelson Ribeiro, no Telegrafo. De acordo com a OAB, a empresa Premium Incorporação, responsável pela construção, não tem licença ambiental para instalação do empreendimento.

Para esta ação de segunda-feira, o Ativarte está convidando todos os artistas da cidade a levarem seus trabalhos artísticos ao local e a manifestarem-se contra este tipo de verticalização de Belém.

“Convidamos também todo e qualquer cidadão que queira participar e demonstrar sua indignação com o fechamento de nossa orla e a gestão da atual prefeitura de Belém, que dá licença a estes empreiteiros. A Construção de prédios na Orla de Belém é um absurdo não só ambiental, mas também cultural”, finaliza Amanajás.

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