15.5.11

Nilson Chaves fala do Conexão Vivo e dos novos projetos da Fundação Tancredo Neves

Dona Onete, na Imersão Regional do Conexão Vivo
O presidente da fundação, o cantor e compositor Nilson Chaves, participou da Imersão Regional do Programa Conexão Vivo em Belém. Na ocasião,  conversou com  coordenadores do programa e artistas sobre a Lei Semear. Em entrevista ao Holofote Virtual ele também falou sobre os novos projetos da FCPTN em 2011.

Com a missão de se aproximar de todos os segmentos artísticos, Nilson Chaves informa que a FCPTN vai lançar, até o início de junho, um Portal, e implantar vários eventos culturais que ocuparão os espaços da fundação, abertos ao grande público.

“Estamos querendo focar imediatamente na área da literatura, muito descoberta, e na guitarrada, que é patrimônio cultural do estado. Então, vamos lançar os projetos ‘Baile das Guitarradas’’, que deverá acontecer às segundas-feiras, trazendo mestres desse ritmo a Belém, e “A Noite é uma Palavra”, sempre às terças-feiras, reunindo escritores e poetas para apresentações e vendas de livros”, avisa Nilson.

O Portal, de acordo com ele, ferecerá uma conexão geral entre artistas de todo o estado, oferecendo uma rádio e uma web TV. “Vamos funcionar como um facebook. Vai ser muito bom. O projeto está pronto para entrar no ar, faltando ajustar alguns aspectos burocráticos apenas. Outra novidade é que nossos espaços também receberão melhorias para receber artistas e público”, afirma.

Nilson Chaves
Conexão Vivo – Presente na Imersão Regional do Conexão Vivo, que aconteceu nos dias 12 e 13 de maio, no Beira Rio Hotel, Nilson Chaves disse aos artistas, gestores, produtores e representantes da Vivo, que a Lei Semear passa por algumas revisões antes de ser aberta este ano.

“Vamos revitalizar a Lei Semear em todos os sentidos, por isso viemos ao encontro do Conexão Vivo para conhecer de perto suas estratégias. Já havia feito uma reunião com o Kuru Lima, coordenador do programa Conexão Vivo e já dissemos que vamos colaborar”, informa Nilson.

O encontro promovido pelo programa teve como objetivo discutir novos rumos a serem tomados para o fortalecimento da cadeia produtiva da música no Pará, em rede com o resto do país, a partir dos projetos que receberão patrocínio do programa através da Lei Semear.

Entre os presentes no encontro estiveram as cantoras Lia Sophia, Aíla Magalhães, Gláfira Fonseca, Juliana Sinimbú e Iva Rothe, o cantor Marco André, o empresário Ná Figueredo, os realizadores do Festival Se Rasgum, Marcelo Damaso e Renee Chalu, além de produtores culturais como André Nascimento, Márcio Macedo, Cláudio Figueredo, os músicos Junior Soares, Juca Culatra e Calibre, além de representantes de artistas como Mestre Vieira, da Guitarrada, Coletivo Rádio Cipó, entre muitos outros.

Vários artistas participaram do evento
No primeiro dia, o evento encerrou com coquetel e show de Dona Onete. Em dois dias de programação, foram tratados, ainda, a cena musical brasileira, planejamento estratégico, sustentabilidade e qualidade técnica dos projetos. O encontro também foi uma oportunidade para estreitar laços entre gestores, produtores, artistas e governantes, dentro de uma atuação coletiva.

“Minha primeira impressão foi muito positiva. Muito bom que a classe artística do estado comece a enxergar que a cadeia produtiva da arte é de extrema importância para que os projetos se desenvolvam e obtenham resultados mais à frente”, disse Nilson Chaves em entrevista ao Holofote Virtual.

Iniciado há 11 anos como festival de música, em Belo Horizonte, o Conexão Vivo cresceu, ganhou espaço Brasil afora e, hoje, abrange projetos de todas as etapas da cadeia produtiva musical. Além de shows, o Conexão Vivo contempla projetos de gravação de CDs e DVDs, circulação de artistas e turnês, mostras musicais, apoio a estúdios, programas de TV e rádio, além de propostas de pesquisa, formação e qualificação. Sem contar a iniciativa voltada para o audiovisual, com foco na animação. Trabalhando com a lógica de redes, este ano, o programa conta com 170 projetos culturais patrocinados em diversas regiões do país. Só no Pará são 32 projetos.

O coordenador da Lei Semear, o escritor Marcos Quinam, e o secretário de Comunicação, o jornalista Ney Messias, também participaram do encontro e se reuniram com a equipe do Conexão Vivo, a fim de traçar estratégias de parceria.

Parceria entre artistas, patrocinador e governo
Nilson Chaves disse que a Semear será realinhada, com objetivo de se rever, entre outras coisas, o possível aumento do valor da renúncia fiscal para investimento e movimentação da economia da cultura no estado. A idéia, de acordo com ele, é estudar a necessidade de se aumentar o teto de captação dos projetos, hoje fixado em R$ 150 mil para música, teatro, literatura e dança, e em R$ 300 mil para projetos do audiovisual.

“Também estamos percebendo que há uma demanda enorme de projetos culturais de grande porte no estado, não só na área da música, mas também no teatro, cinema, dança. 

Queremos firmar a parceria com o Conexão e fortalecer a Lei, mas também criar um Fundo para a Cultura e nos aproximar de projetos que já estão estabelecidos, como alguns festivais de cinema e dança, além de trazer para mais perto o pessoal das artes plástica, da fotografia e da literatura. Essas coisas todas vão ser levadas ao Governador Simão Jatene, com objetivos de criarmos estratégias que nos permitam apoiar o que já acontece, de forma intensa”.

Edital - Sobre a abertura do edital da Lei Semear este ano, Nilson pede um pouco mais de paciência. “Queremos reabrir o edital o mais breve possível, mas precisamos reordenar muitas coisas. Estamos conversando também com o Governador para aumentar a renuncia para algo em torno de R$ 10 milhões, superando os R$ 5 milhões e meio disponibilizados atualmente”, explica.

Kuru Lima, coordenador do Conexão Vivo
Ele informa que será retomado o diálogo com o empresariado local. “Queremos conversar com eles e acabar com a cultura do não investimento de suas contrapartidas, sabemos que isso vem acontecendo e prejudicando o andamento dos projetos aprovados pela Lei", diz.

"É preciso que o empresariado compreenda os benefícios de associar seu nome à Lei Semear e aos projetos aprovados. Neste ponto, espero que o Conexão Vivo sirva de exemplo para todos aqueles que ainda tenham dúvidas sobre os resultados positivos que isso pode gerar a suas empresas, junto ao desenvolvimento cultural”, ressalta Nilson. “Disse ao governador que temos muitos sonhos e vamos trabalhar duro para poder concretizá-los”, finaliza.

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