10.12.10

Teatro, dança e videodança neste domingo no Circuito das Artes

A programação inicia às 11h, com a estréia de “Os Trágicos da Cidade”, no Anfiteatro da Praça da República. No final da tarde, às 18h, será a vez de Marina Mota, exibir o videodança “Sincronicidade”, no Sesc Boulevard. E às 19h30, será reapresentado o espetáculo “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, na Sala de Dança do IAP.

O Circuito das Artes reúne música, dança, teatro e artes visuais, apresentando ao público o resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010. Todas as atrações têm entrada franca.

“Os Trágicos da Cidade” foi criado a partir de uma investigação sobre a cena teatral de rua em Belém, por meio das vivências artísticas dos atores da Entreatos Companhia de Arte, Emerson de Souza, Jhonny Russel, Milton Aires e Lu Maués.

A companhia, que possui em seu repertório espetáculos que muitas vezes colocam o público como protagonista da cena, se propôs a verificar a configuração do teatro de rua em Belém, analisando, inicialmente, espetáculos do próprio grupo, como “O Circo em Família,” “Estórias de Vagalume” e “Carro-céu”.

“Em seguida, iniciamos experimentos com base em conceitos de Brecht, utilizando textos dramáticos e poéticos do autor, como proposição para a criação de cenas de um novo espetáculo”, explica Lu Maués. “Relacionamos a essas experimentações, vivências pessoais e coletivas dos atores”, completa.

Os Trágicos da Cidade
“Os Trágicos da Cidade” é resultado da pesquisa “Soul da Rua - O papel do ator da dramaturgia à cena no teatro de rua em Belém”. A intervenção tem texto de Jhonny Russel e roteiro do elenco.

Videodança - A observação do movimento das pessoas, também chamado de “corpo cotidiano”, nas praças da República, Batista Campos e do Carmo, foi o ponto de partida da pesquisa que deu origem à videodança “SincroniCidade”, de Marina Mota, que buscou ressaltar o que poderia haver de sincrônico nesta movimentação e suas articulações com o corpo artístico do bailarino-pesquisador-intérprete.

“As praças”, diz a artista, “são espaços coletivos que refletem formas determinadas de ocupação e apropriação do espaço, inerentes às sociedades capitalistas, por isso possuem um caráter simbólico no contexto urbano”. No caso das praças escolhidas, além de marcos importantes para a história social de Belém, são espaços de “respiração” em meio ao ritmo acelerado da vida urbana.

A pesquisa utilizou como meio de apropriação de movimento a mimeses corpórea e, posteriormente, laboratórios sistemáticos de desconstrução das ações pesquisadas com a dança contemporânea.

Serpentinas - A obra carnavalesca de João de Jesus Paes Loureiro, inspiração para a criação do espetáculo “Serpentinas e Poesia”, da Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena, será reapresentada às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP). 

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